PARA LER E RELER

terça-feira, 18 de junho de 2013

DAS MANIFESTAÇÕES E A FALÊNCIA DO ESTADO MODERNO


A mídia destaca como os dois lados terminaram em violência: manifestantes e policiais (sobre a manifestação em São Paulo). Nitidamente querem promover uma comoção pública contra os manifestantes e contra a polícia. Os políticos imediatamente são chamados para opinarem sobre a questão. Eles dizem que isso tem um teor político (significando que é campanha dos adversários, e não de insensibilidade política).
Perceba que em todo o mundo começa-se aflorar uma comoção que mais parece as manifestações vividas no século XX e que definiu o rumo de países, políticos e realidade. O que está em questão? São muitas as questões, mas a principal é possível destacar.
O Estado moderno e sua máquina burocrática e viciada de corrupção tem pedido o sangue da população (não basta apenas as transfusões normais - impostos). Que se comprometa também a educação de nossos filhos, a nossa aposentadoria... para pagar os gastos dos “vampiros” da miséria que se reúnem e gastam milhões apenas para pousar para fotos.
Esse Estado (chamado de democrático, mas que é a mais perversa ditadura, pois usa do Direito para escravizar) é saco sem fundo, abismo que a tudo engole (desenvolvimento urbano e rural, dignidade, etc). Chegará o momento em que se venderá a alma para pagar a dívida do Estado – gastos com os Deputados, Senadores, Presidentes, Primeiros Ministros, Reis e Rainhas e seus gatos e cachorros (nada contra aos gatos e cachorros!) – ou sair às ruas para quem sabe morrer. Parece que mais vale morrer na rua lutando do que morrer em casa de fome!
O gafanhoto não tem rei, mas anda em grupo. A multidão é a mais revolucionária força histórica. Que diga a História! Mas a História também diz: sempre que a multidão sai às ruas a violência é inevitável, pois ali acontece o desabafo e o aflorar da indignação. O pacato estudante se torna revolucionário, e o revolucionário um pacato estudante!
Disso é necessário atentar para duas reflexões:
1. Se aqueles que são responsáveis pelo Estado não responderem com benefícios à altura da cobrança da população, será inevitável deter às manifestações e o drama advindo dela: polícia versus população, e políticos sendo desmascarados e fingindo que não são.
2. De dois em dois anos vejo a população sendo chamada para a maior manifestação (eleições). Quando olho atentamente apenas vejo não uma multidão de revolucionários mais de ovelhas sendo levadas ao matadouro por que querem se vender por nada.
Até quando política no Brasil é como futebol: apenas torcida organizada, para enriquecer seus líderes! Conheço cidades que vivem para manter famílias no poder (se revezando). Quando perdem num ano, dizem: mais na próxima colocamos! Os membros dessas famílias são advogados, médicos e políticos, e os filhos da torcida dessas famílias são mendigos de cargos de prefeitura ou sonhadores desses cargos.
E agora você me pergunta se sou revolucionário, dado ao apoio às manifestações e de qualquer causa que se levante. Como resposta eu assumo com João Batista: apenas sou voz que clama no deserto!
A César o que é de César, a Deus o que de Deus!